Ministério do Interior: Dobrindt proíbe cidadãos do Reich de "Reino da Alemanha"

Atualizado em 13 de maio de 2025 - 8h01. Tempo de leitura: 2 min.
O Ministério Federal do Interior proibiu o maior grupo de “Cidadãos do Reich”. Buscas foram realizadas por toda a Alemanha. Quatro supostos líderes foram presos.
O ministro federal do Interior, Alexander Dobrindt, proibiu a associação “Reino da Alemanha” na terça-feira. Este é um grupo nacionalmente conhecido de “Cidadãos do Reich”.
O Ministério Público Federal também prendeu quatro supostos líderes do grupo proibido "Reichsbürger" "Kingdom of Germany", incluindo o fundador Peter Fitzek. Os homens, com idades entre 37 e 59 anos, serão levados perante um juiz de instrução no Tribunal Federal de Justiça em Karlsruhe hoje e amanhã, disse uma porta-voz do Ministério Público Federal.
"Os membros desta associação criaram um 'contraestado' em nosso país e construíram estruturas econômicas criminosas", disse o Ministro do Interior, Alexander Dobrindt, sobre a proibição da associação. Dessa forma, minam persistentemente a ordem jurídica e o monopólio da República Federal sobre o uso da força. Ao fazer isso, sustentam sua suposta pretensão ao poder com teorias da conspiração antissemitas.
O comunicado de imprensa sobre a decisão afirma: "O propósito e as atividades da associação são contrários ao direito penal e são direcionados contra a ordem constitucional e a ideia de entendimento internacional." A proibição também inclui as inúmeras suborganizações da associação, bem como o bloqueio da plataforma online da associação e o confisco de seus bens.
Na manhã de terça-feira, ocorreram ataques em Baden-Württemberg, Baixa Saxônia, Renânia do Norte-Vestfália, Renânia-Palatinado, Saxônia, Saxônia-Anhalt e Turíngia. O objetivo é "confiscar os bens da associação e garantir mais evidências dos objetivos e atividades anticonstitucionais da associação", afirmou ainda o Ministério do Interior. As propriedades da associação e as casas dos principais membros foram revistadas.
É o resultado de uma estreita cooperação com o Gabinete Federal para a Proteção da Constituição, outras autoridades federais e os estados. Com antecedência, todas as agências de segurança e aplicação da lei envolvidas conduziram investigações abrangentes e avaliações conjuntas, anunciou ainda o Ministério do Interior.
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